quinta-feira, 2 de julho de 2015

USO DE SIMULADORES NO TREINAMENTO DE TRABALHADORES PORTUÁRIOS

Um terminal de container é potencialmente um ambiente variado e perigoso, devido ao grande número de equipamentos dos mais variados tipos e a complexidade dos programas utilizados pelo terminal, por isso, a importância da utilização de simuladores no treinamento á todos envolvidos nesse processo, desse modo, a utilização desse tipo de ferramenta trará ganho de produtividade e experiência nas mais variadas operações dentro do terminal. Com isso, Investindo pesadamente no aprimoramento dos profissionais que atuam nesse importante seguimento do comercio internacional A busca pela competitividade tem exigido maior qualidade da mão de obra utilizada, refletindo na busca por maior capacitação dos colaboradores, na tentativa de escapar da queda do nível de emprego e renda, segundo Tovar e Ferreira, [...] a nova LEI Nº 12.815, DE 5 DE JUNHO DE 2013 dos portos, trouxe consigo um sentimento pró-modernização ou pró-reforma., focando nos seguintes itens: Ter um incremento da eficiência dos serviços; A demanda por maior quantidade, melhores equipamentos e instalações; Redução de custos com avarias e retrabalhos; Avançar cada vez mais na privatização dos serviços portuários; Investir pesadamente no aprimoramento dos profissionais que atuam nesse importante seguimento do comercio internacional. (TOVAR E FERREIRA, 2013). Procura-se, portanto, mostrar que a utilização de simuladores trás reduções de custos em relação a tempo de treinamento e principalmente reduz tragicamente a possibilidade de acidentes e avarias durante o treinamento, visto que, o treinando no primeiro instante não terá contato diretamente com o equipamento em operação, ao contrário que ocorre hoje na grande maioria dos terminais brasileiro, que ainda não adotaram a utilização dos simuladores no treinamento. A simulação é utilizada para treinamento e capacitação tanto do pessoal aprendiz quanto dos experientes, para desenvolver competências específicas para o trabalho, reduzindo a curva de aprendizagem ou rememorando situações que são esquecidas na rotina diária, com o passar do tempo. Há mais de uma década a indústria do maquinário pesado utiliza simuladores para treinamento e capacitação contínua. A simulação é um sistema baseado em um equipamento real que, por meio de modelos matemáticos e uma seleção minuciosa de controles reais, permite a realização de exercícios práticos para aquisição de experiências visando aprender o comportamento e melhorar a produtividade para o que foram projetados. Tudo isto acontece em um ambiente seguro de imersão. Entre as principais vantagens de um sistema de simulação, podem-se mencionar os modelos de aprendizagem por meio de objetos visuais, a análise dos exercícios dirigidos para determinar a precisão das instruções, a avaliação dos resultados levando em conta as variáveis adequadas para o sistema em questão e, principalmente, à avaliação de cada participante do grupo. As razões econômicas, a manutenção preventiva do equipamento usado, a inexistência de riscos e acidentes relativos a possíveis erros cometidos durante o aprendizado são algumas das razões para preferir um equipamento que permita a simulação. A utilização de simuladores na formação de operadores apresenta-se como ferramenta de grande utilidade no momento de adquirir hábitos seguros no manejo dos equipamentos e, ao mesmo tempo, pressupõe uma redução nos custos dessa formação ao possibilitar a realização simultânea de exercícios simulados por diversos trabalhadores e, por fim, uma disponibilidade maior do equipamento no momento da prática, principalmente num ambiente portuário, aonde normalmente os mesmos não tem essa disponibilidade de ceder tal equipamento para o treinamento, evitando assim um desgaste natural entre o setor de treinamento e a operação. As estatísticas demonstram isso: • 87,5 % dos acidentes foram causados por fator humano; • 23,5 % por falha mecânica; • 36 % desses acidentes foram causados pelo condutor • 12 % falha de percepção; • 3,5 % falha de compreensão; • 13 % falha de decisão; • 7,5 % falha de reação A simulação oferece diferentes vantagens que ajudam as empresas a: • Realizar treinamentos quando os equipamentos não estão disponíveis. • Reduzir os custos de combustível nos equipamentos reais. • Reduzir os custos de manutenção nos equipamentos reais. • Reduzir os custos de treinamento, mantendo o maquinário em suas operações rotineiras. • Reduzir acidentes de novos operadores nos equipamentos reais. • Aumentar a confiança e a produtividade de operadores novos ou experientes. • Reduzir o tempo de treinamento e formação. • Praticar repetitivamente manobras perigosas que ameaçariam a vida dos operadores. (Estudos do exército mostraram que o operador só aprende a • reagir naturalmente em uma situação estressante depois de 2.000 repetições). • Ajudar o operador experiente a rememorar o treinamento, mantendo atualizadas suas habilidades no período em que o equipamento não está disponível. • Avaliar todos os aspectos e o desempenho do usuário, inclusive ações perigosas, e a reação correta em relação a falhas de funcionamento. • Administrar objetivamente testes que ajudam a avaliar os operadores. O Uso de Simuladores no Ambiente Portuário, demonstram que essas praticas utilizadas corretamente, trazem um grande ganho para os terminais portuários que utilizarem estas ferramentas para treinamento de seus colaboradores, tornando-se esse tipo de instrumento um grande ganho em eficiência e eficácia para esses terminas, fazendo que eles tenham um diferencial competitivo em relação aos demais. Sendo assim, como foi descrito neste trabalho, deve se dar uma grande importância para o segmento de aprimoramento e desenvolvimento de funcionários, pois todos que investirem ou já investem nesse tipo de desenvolvimento que associe a teoria com pratica do uso de simuladores no ambiente portuário, trará um ganho na qualidade dos serviços oferecidos pelo terminal, fazendo que o mesmo se destaque neste competitivo mercado internacional. Carlos Acunha (Artigo Resumido do TCC do Curso de MBA em Gestão de Pessoas/Julho2015).

quarta-feira, 11 de março de 2015

Greve dos caminhoneiros traz à tona a importância da intermodalidade

A recém terminada greve dos caminhoneiros trouxe à tona diversos gargalos existentes no País que precisam ser resolvidos rapidamente para que a competitividade do Brasil não seja afetada de forma tão drástica. Para a Log-In, por exemplo, o ocorrido veio como uma boa oportunidade para disseminar a ideia de que a cabotagem pode ser competitiva para o negócio de muitas empresas. Pata Vital Lopes, a cabotagem é a solução estrutural para o que presenciamos. “Na longa distância, o modal oferece um preço mais competitivo ao dono da carga e maior rentabilidade para o caminhoneiro”, argumenta. Para exemplificar, Lopes conta que um navio que sai com televisores de Manaus para Santos chega ao porto e precisa de caminhões para levar os aparelhos até um centro de distribuição em Cajamar (SP). “O caminhão cobra cerca de R$ 1,9 mil reais pelo trajeto de 140 km, que pode ser feito até três vezes por dia. Quando ele leva uma carga de Santos até a Bahia, cobra R$ 3 mil e fica com o caminhão ocupado por vários dias”, explica. O exemplo evidencia que o modal rodoviário, portanto, tende a ter mais rentabilidade nos trajetos de curta distância enquanto a cabotagem é mais propícia para as viagens de longa distância. A dinâmica mostra que o caminho para resolver um dos entraves da logística brasileira seria explorar a intermodalidade. A cabotagem não invalida a importância do modal rodoviário e, sim, o complementa. Fonte: Guia Marítimo

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Por que a Lei dos portos não resolveu o problema

Há cenas que beiram o bizarro no Porto de Santos, o maior do país, pelo qual passa 25% do comércio exterior brasileiro, algo como US$ 122,5 bilhões em 2013. Pelas ruas que dão acesso aos terminais de grãos, garis recolhem mensalmente 36 toneladas de lixo. A varrição diária inclui soja, milho e açúcar que caem dos caminhões, em grande quantidade. Em outro ponto, a área em que caminhões descarregam açúcar foi apelidada de Holiday on Ice, graças ao efeito causado nos passantes. Do outro lado, na margem esquerda do porto, cerca de 4,1 mil famílias das favelas de Conceiçãozinha e Prainha vivem vidas praianas tendo navios gigantescos no quintal: crianças brincam e homens pescam em águas contaminadas por metais pesados e o próprio esgoto da favela. Há ainda os vários problemas das empresas: estruturas precárias, terminais que só operam graças a medidas judiciais, problemas ambientais variados e – tão impressionante quanto – alguns bilhões de reais em investimentos parados. O pior: nada disso é novo. Com a promulgação da nova lei dos portos, há um ano, esperava-se que esse cenário não só mudasse, como a modernização, o ganho de competitividade, a maior competição e a redução do Custo Brasil já tivessem começado a acontecer. O próprio governo tinha a expectativa de receber R$ 54,2 bilhões em investimentos nos portos até 2017, sendo que R$ 31 bilhões chegariam até o ano que vem. Não só nada disso aconteceu, como o efeito foi o oposto. Segundo a Inter.B Consultoria, o investimento no setor, que alcançou R$ 7 bilhões em 2012, caiu para R$ 4,53 bilhões no ano passado, uma retração de 35%. Em relação ao PIB, o valor equivalente percentual é de 0,09%, o mesmo investido entre 2007 e 2011. Também houve aumento no Custo Brasil pelas mudanças trabalhistas e uma série de efeitos que atravancaram os negócios. Como no setor de energia, cuja principal meta das mudanças era reduzir o preço pago pelo consumidor, a intenção do governo federal nos portos também foi nobre. “O objetivo foi aumentar a competitividade na logística do transporte de carga, que custa 13% no Brasil, ante 8% ou 9% nos países mais desenvolvidos”, afirma Cláudio Frischtak, presidente da Inter.B. Porém, a maneira de chegar lá, como disseram vários entrevistados, mais uma vez foi o problema. “Nos portos, houve a repetição do modus operandi desse governo, já visto em outras áreas: autoritário, com uma lei imposta de cima para baixo e centralizando o comando em Brasília”, diz Frischtak. “É um padrão que gera incertezas e desconfianças, em vez de atrair e facilitar os investimentos.” Fonte: Época